5 de dezembro de 2025
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Tragédia na GO-164: criança morre após capotamento e expõe falhas graves na segurança veicular infantil

Menino de 7 anos, que viajava com a mãe, avó e dois irmãos, foi resgatado por policiais militares de folga após acidente na zona rural de Mundo Novo (GO), mas não resistiu aos ferimentos.
Investigação aponta possível ausência de cinto de segurança infantil.

Um acidente ocorrido na manhã de segunda-feira (21), no km 745 da rodovia GO-164, na zona rural do município de Mundo Novo, norte de Goiás, resultou na morte de um menino de 7 anos e deixou outros quatro membros da mesma família feridos. O caso reacende o alerta sobre o uso adequado de dispositivos de segurança para crianças em veículos.

A família havia partido de Aparecida de Goiânia com destino a São Miguel do Araguaia, segundo relatos de parentes. O veículo, conduzido pela mãe das crianças, capotou e caiu em uma ribanceira de aproximadamente quatro metros às margens da rodovia. A Polícia Civil investiga se a criança estava sem cinto de segurança no momento do acidente.

O cabo da Polícia Militar Rafael Moreira, que passava pelo local enquanto viajava de folga com um colega de trabalho, foi o primeiro a prestar socorro. Segundo ele, a estrada não possui cobertura de rede telefônica e o acidente já mobilizava populares quando ele chegou.

“Vimos o carro completamente destruído na ribanceira. Duas crianças já estavam fora do veículo. Uma terceira, um menino de cerca de sete anos, estava presa às ferragens e em estado crítico — com um corte profundo na cabeça, sangramento intenso e convulsões. Entrei por uma das portas e o resgatei com apoio de moradores”, relatou o militar.

Sem tempo a perder e sem comunicação com os serviços de emergência, o PM levou o menino nos braços até uma unidade de saúde em Nova Crixás. No trajeto, notou sinais de hemorragia interna, especialmente nos pulmões, além do grave trauma craniano. Após ser estabilizado, a criança foi transferida para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, mas não resistiu e faleceu na manhã de terça-feira (22).

Situação dos demais ocupantes

Além da criança, estavam no veículo a mãe (condutora), a avó materna e dois irmãos da vítima — de 3 e 5 anos. Todos sofreram ferimentos leves, foram atendidos em unidades de saúde da região e liberados. A condutora, que também é mãe da criança que morreu, foi orientada a prestar depoimento formal nos próximos dias. A Polícia Civil já solicitou perícia técnica no veículo e investiga as causas do acidente.

Segundo o delegado responsável pelo caso, há indícios de que o menino não utilizava o cinto de segurança no momento do capotamento. “A ausência de dispositivos adequados de retenção, como cadeirinhas e assentos de elevação, é recorrente em acidentes envolvendo crianças no Brasil, e isso agrava consideravelmente a gravidade das lesões”, disse o delegado.

O que diz o Hugol

Por meio de nota oficial, o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol) confirmou que o menino foi internado em estado gravíssimo na UTI Pediátrica. “Apesar de todos os esforços da equipe médica multidisciplinar, o paciente foi a óbito na manhã desta terça-feira (22)”, informou a instituição.

Segurança negligenciada

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece regras claras sobre o transporte de crianças: menores de 10 anos devem ocupar o banco traseiro, utilizando assentos específicos conforme a faixa etária, além do cinto de segurança. Crianças de 4 a 7 anos e meio devem estar em assentos de elevação com cinto de três pontos. O não cumprimento dessas normas configura infração gravíssima, com penalidades administrativas e responsabilização em caso de acidentes.

O policial militar que atendeu à ocorrência informou que o veículo possuía cadeiras de segurança no banco traseiro, mas não soube precisar se todas estavam sendo corretamente utilizadas.

Reflexão e alerta

Casos como este evidenciam uma realidade ainda distante da conscientização coletiva sobre segurança infantil no trânsito. Segundo o Ministério da Saúde, acidentes de transporte terrestre representam uma das principais causas de morte entre crianças de 5 a 14 anos no Brasil.

A tragédia na GO-164 deixa uma família marcada por perdas irreparáveis e reforça a urgência de campanhas de conscientização e fiscalização rigorosa sobre o uso adequado dos dispositivos de segurança infantil.

A Polícia Civil seguirá com a investigação para apurar responsabilidades e compreender se houve negligência por parte da condutora ou falha mecânica no veículo. O laudo pericial deve ser concluído nos próximos dias.

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Marcus

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