5 de dezembro de 2025
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Reconfiguração da Avenida Castelo Branco traz melhorias na fluidez, mas gera críticas sobre mobilidade em Goiânia

Ampliação de faixas e sincronização semafórica prometem reduzir congestionamentos, mas especialistas apontam falta de soluções para pedestres, ciclistas e transporte público.
Em parte da Castelo Branco, canteiro central agora se restringirá praticamente à espessura das palmeiras (Fábio Lima / O Popular)

A Prefeitura de Goiânia iniciou mudanças estruturais na Avenida Castelo Branco, um dos principais corredores de tráfego da capital. As intervenções visam melhorar a fluidez de veículos motorizados, mas geram questionamentos sobre a segurança e acessibilidade para pedestres e ciclistas.

O que muda na Avenida Castelo Branco?

As obras, que começaram no último fim de semana, envolvem um trecho de aproximadamente 400 metros entre as praças Ciro Lisita e Walter Santos, no Setor Coimbra. As principais alterações incluem:

Ampliação de faixas de rolamento – O canteiro central será reduzido para ampliar de duas para três faixas de tráfego em cada sentido, permitindo um maior fluxo de veículos.

Proibição de estacionamento – Para evitar obstruções, o estacionamento ao longo da avenida será proibido, reduzindo pontos de retenção.

Onda verde nos semáforos – A sincronização semafórica pretende reduzir o tempo de espera nos cruzamentos, proporcionando um tráfego mais fluido.

Novo acesso à Marginal Cascavel – Será construída uma alça de conversão à esquerda para quem trafega no sentido Trindade, melhorando a conexão entre vias.

Reconfiguração do cruzamento com a Rua Jaraguá – A conversão à esquerda será proibida, exigindo que motoristas utilizem a Avenida Mato Grosso e a Rua Quintino Bocaiúva como rotas alternativas.

As obras, executadas pela Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), têm previsão de conclusão até o final do mês.

Pontos positivos da reconfiguração

🔹 Maior fluidez para veículos motorizados – Com mais faixas e semáforos sincronizados, a expectativa é de uma redução nos congestionamentos, especialmente nos horários de pico.

🔹 Menos conflitos viários – A proibição de estacionamento e a reorganização de cruzamentos devem reduzir acidentes e facilitar o tráfego contínuo.

🔹 Acesso mais eficiente à Marginal Cascavel – A nova alça de acesso evita desvios longos e melhora a conectividade viária na região.

Pontos negativos e críticas

Impacto negativo para pedestres e ciclistas – A avenida não conta com melhorias para quem caminha ou pedala. A remoção do canteiro central pode aumentar a sensação de insegurança na travessia, especialmente para idosos e pessoas com mobilidade reduzida.

Desestímulo ao transporte público – Sem faixas exclusivas para ônibus ou medidas que priorizem o transporte coletivo, a fluidez beneficiará principalmente veículos particulares.

Menos áreas verdes – A redução do canteiro diminui os espaços arborizados, o que pode elevar a temperatura na via e prejudicar o conforto térmico dos pedestres.

Prejuízo para o comércio – A proibição de estacionamento pode dificultar o acesso a lojas e serviços da região, afetando comerciantes que dependem do fluxo de clientes.

Especialistas alertam sobre desafios da mobilidade

Para Vinícius Polzin Druciaki, geógrafo e professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), a proposta foca na fluidez dos automóveis, mas negligencia uma abordagem mais ampla de mobilidade urbana.

“A cidade precisa ser pensada para todos. O aumento de faixas pode melhorar o tráfego momentaneamente, mas, sem incentivo ao transporte público e melhorias para pedestres e ciclistas, o congestionamento pode voltar a médio prazo”, alerta Druciaki.

A Secretaria Municipal de Engenharia de Trânsito (SMET) argumenta que a travessia de pedestres será mantida pelas faixas existentes e que as mudanças foram baseadas em estudos técnicos. No entanto, especialistas defendem a necessidade de calçadas mais largas, passagens elevadas e sinalização reforçada para garantir mais segurança.

A reconfiguração da Avenida Castelo Branco busca modernizar o trânsito e reduzir congestionamentos, mas ainda carece de soluções que contemplem todos os usuários do espaço urbano. O impacto dessas mudanças dependerá da adaptação da população e de eventuais ajustes para minimizar prejuízos aos pedestres, ciclistas e comerciantes locais.

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Marcus

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