Ministério da Saúde Inicia Distribuição Histórica de Testes Rápidos para Diagnóstico de Dengue em Goiás
Estado receberá 201,2 mil unidades na próxima semana; iniciativa visa reforçar o combate à doença em regiões críticas, com foco na detecção precoce e ampliação do atendimento básico.
Pela primeira vez, o Ministério da Saúde enviará testes rápidos de diagnóstico de dengue ao estado de Goiás, um marco no enfrentamento da doença que anualmente preocupa autoridades e impacta milhares de famílias. Serão 201,2 mil unidades destinadas ao estado na próxima semana, como parte de uma remessa inicial de 4,5 milhões de testes distribuídos em todo o país. O investimento total para aquisição é de R$ 17,3 milhões.
O envio é estratégico para combater surtos e reforçar a atenção básica à saúde em municípios goianos, historicamente vulneráveis ao aumento de casos, especialmente durante períodos chuvosos, quando os focos de proliferação do Aedes aegypti se intensificam. A decisão do governo federal atende a uma demanda de estados que sofrem com altas taxas de incidência e busca diminuir o impacto social e econômico da doença.
Como Funciona o Teste Rápido?
Os testes rápidos permitem a detecção do vírus da dengue em poucos minutos, oferecendo agilidade ao diagnóstico e ao início do tratamento. No entanto, não identificam o sorotipo da infecção, sendo complementares aos exames laboratoriais de biologia molecular e sorológicos, já disponíveis nos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen).
Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, explica que a nova tecnologia é uma ferramenta adicional para facilitar o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), mas enfatiza que a coleta de amostras para análise epidemiológica permanece indispensável. “O teste rápido é um avanço para triagem e atendimento imediato, mas o monitoramento laboratorial é essencial para identificar sorotipos predominantes e planejar ações de controle mais eficazes”, destacou.
Atenção à Vigilância Epidemiológica
Um ponto de destaque na nota técnica divulgada pelo Ministério da Saúde é a necessidade de os municípios seguirem à risca os protocolos de coleta e envio de amostras para os Lacens. Isso é crucial para identificar áreas com maior circulação de cada sorotipo do vírus, prevenir surtos e planejar campanhas de vacinação, já disponíveis para públicos específicos.
A secretaria alerta ainda para o risco de diagnósticos negativos no teste rápido que podem indicar outras arboviroses, como chikungunya e zika. “É essencial que os profissionais de saúde compreendam as limitações do exame e orientem corretamente os pacientes, garantindo que nenhuma infecção passe despercebida”, pontuou Ethel.
Impacto nos Municípios
Em Goiás, cidades como Goiânia, Anápolis e Aparecida de Goiânia concentram grande parte dos casos registrados nos últimos anos. A chegada dos testes rápidos representa um alívio, especialmente em regiões mais afastadas, onde o acesso ao diagnóstico laboratorial pode ser limitado.
As UBSs serão os principais pontos de distribuição dos testes, com a logística definida pelas gestões municipais. A expectativa é que o diagnóstico precoce diminua complicações graves da dengue e alivie a pressão sobre hospitais e centros de urgência.
Compromisso Federal e Estadual
O envio dos testes marca um passo importante no fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), que amplia sua capacidade de resposta às demandas da população. O Ministério da Saúde reforça que a medida faz parte de um plano maior, que inclui a intensificação de campanhas educativas, a distribuição de repelentes e o incentivo à vacinação.
O governo estadual, por sua vez, já anunciou que intensificará o treinamento de equipes de saúde para o uso correto dos testes e a integração dos resultados ao sistema de vigilância epidemiológica. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, elogiou a iniciativa federal: “Essa parceria entre União e estados é fundamental para enfrentarmos juntos o desafio de combater a dengue e proteger nossa população.”
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