Mercado livre de energia cresce no Brasil e atrai empresas com economia e sustentabilidade
Com expansão de 46% em um ano, modelo é estratégico para grandes consumidores e incentiva o uso de fontes renováveis.

O mercado livre de energia avança rapidamente no Brasil, consolidando-se como uma solução eficiente e sustentável para empresas e indústrias. Em setembro de 2024, o modelo atingiu a marca de 51,3 mil unidades consumidoras, representando 42% da energia consumida no país, segundo dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (ABRACEEL). O crescimento de 46% em comparação ao ano anterior reforça sua relevância como alternativa às tradicionais distribuidoras regionais.
Economia e flexibilidade como pilares do mercado livre
Ao permitir que consumidores negociem diretamente com comercializadoras, o mercado livre de energia oferece uma economia significativa. Estima-se que empresas economizem até 46% no valor da energia elétrica, um diferencial estratégico em um cenário onde as tarifas estão entre as mais altas do mundo, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O modelo também proporciona flexibilidade na escolha de fornecedores e personalização de contratos, aspectos fundamentais para setores industriais, que hoje representam 92% do consumo de eletricidade nesse mercado.
“A flexibilidade e a transparência nos contratos, somadas à possibilidade de optar por fontes renováveis, tornam o mercado livre uma escolha inteligente e sustentável para empresas de grande porte”, explica André Oliveira Pinto, head de Operações da TCCom, empresa parceira da AXS Energia, especializada em fontes renováveis.
Sustentabilidade em foco
Outro atrativo crescente é o incentivo às fontes renováveis. Atualmente, 64% da energia renovável gerada no Brasil abastece o mercado livre, com destaque para a energia solar, que representa 82% da energia consumida nesse formato.
Além da economia, a adesão ao mercado livre tem promovido práticas mais sustentáveis, como aponta André Oliveira Pinto. “Escolher fontes renováveis não apenas reduz o impacto ambiental, mas também pode gerar descontos e benefícios aos consumidores, como forma de incentivo às práticas sustentáveis”, afirma.
Como funciona o mercado livre de energia?
Diferente do modelo regulado, no qual consumidores dependem exclusivamente das distribuidoras regionais, o mercado livre permite negociações diretas entre empresas e comercializadoras. Essa dinâmica oferece maior competitividade e a possibilidade de escolher fontes de energia específicas, como solar e eólica.
Desde janeiro de 2024, todos os consumidores de alta tensão podem migrar para o mercado livre, ampliando o acesso a empresas de diferentes segmentos. Essa mudança é parte de uma estratégia para democratizar o modelo e reduzir os custos energéticos, especialmente para grandes consumidores.
Perspectivas para o futuro
O mercado livre de energia não apenas cresce em números, mas também se estabelece como um dos principais caminhos para a transição energética no Brasil. Com a ampliação da elegibilidade para novas categorias de consumidores, a expectativa é que o modelo continue atraindo mais empresas e consolidando o uso de energias limpas e renováveis como padrão.
“O mercado livre é mais do que uma alternativa econômica, é uma ferramenta para transformar a matriz energética do país, aliando eficiência, economia e sustentabilidade”, conclui Oliveira Pinto.
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