22 de dezembro de 2024
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Brasil enfrenta desafio crescente na gestão de resíduos eletrônicos

Produção de e-lixo no país ultrapassa 2,4 milhões de toneladas anuais; iniciativas locais buscam mitigar impacto ambiental.
Ponto para coleta de lixo eletrônico instalado no Órion Complex, em Goiânia: Divulgação

A geração global de resíduos eletrônicos cresce a um ritmo cinco vezes mais rápido do que sua reciclagem documentada, de acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado em março deste ano. O Brasil figura entre os maiores produtores de lixo eletrônico no mundo, gerando 2,4 milhões de toneladas por ano. No continente americano, o país está atrás apenas dos Estados Unidos, que produzem 7,2 milhões de toneladas anualmente. Estimativas apontam o Brasil como o quinto maior produtor de e-lixo no planeta.


Panorama nacional: desafios e metas

A Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelece metas ambiciosas para fabricantes e importadores no Brasil. Em 2023, a exigência é que 12% dos produtos eletrônicos colocados no mercado sejam coletados para reciclagem. Essa meta aumentará para 17% até 2025. Para cumprir essas diretrizes, foram criados mais de 6.250 postos de entrega voluntária em todo o país, onde a população pode descartar dispositivos eletrônicos de forma segura.


Goiânia na luta contra o e-lixo

Na capital goiana, uma nova iniciativa destaca-se no esforço de reduzir o impacto ambiental do lixo eletrônico. O Órion Business & Health Complex, um dos principais centros comerciais da cidade, instalou um ponto de coleta para resíduos eletrônicos. Localizado no piso T2, próximo às Lojas Americanas, o espaço aceita pilhas, baterias, celulares, carregadores, computadores e embalagens eletrônicas.

“Estamos comprometidos com a preservação do meio ambiente e conscientes do impacto do descarte inadequado de aparelhos eletrônicos. Nosso objetivo é facilitar o acesso à destinação correta desses materiais e reforçar nosso compromisso com a sustentabilidade,” afirmou Leopoldo Gouthier, síndico do Órion Business & Health Complex.


Impacto ambiental do descarte inadequado

O lixo eletrônico contém metais pesados, como mercúrio, chumbo e cádmio, que, quando descartados de maneira incorreta, podem contaminar o solo e os recursos hídricos, representando riscos à saúde humana e ao meio ambiente. Dados globais mostram que menos de 20% do e-lixo gerado é reciclado de forma adequada, enquanto o restante acaba em aterros sanitários ou, pior, em despejos ilegais.


Soluções sustentáveis e conscientização

Especialistas destacam que o aumento dos pontos de coleta é um passo importante, mas insuficiente para enfrentar o problema. “Além da infraestrutura, é crucial investir em educação ambiental e campanhas de conscientização para engajar a população e garantir que mais resíduos cheguem aos destinos corretos,” aponta Fernanda Vasconcelos, engenheira ambiental.

Projetos como o do Órion Business & Health Complex oferecem uma alternativa acessível, mas a transformação depende de políticas públicas mais abrangentes e do envolvimento de toda a sociedade.


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