21 de novembro de 2024
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Ex-militares do Exército São Presos por Assalto a Ônibus de Turismo na BR-153, em Hidrolândia, na Região Metropolitana de Goiânia

Criminosos usaram camisetas da Polícia Civil para enganar vítimas; passageiros também serão investigados por contrabando
Ex-militares do Exército são presos suspeitos de assaltar ônibus de turismo à mão armada na BR-153 em Hidrolândia, Goiás — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Quatro ex-militares do Exército foram presos na madrugada da última sexta-feira (24) sob suspeita de terem assaltado um ônibus de turismo na BR-153, em Hidrolândia, na Região Metropolitana de Goiânia. De acordo com o delegado Sérgio Henrique, os criminosos se disfarçaram de policiais civis, usando camisetas da corporação para abordar o veículo.

Além dos ex-militares, um casal também foi detido por envolvimento no crime. O grupo estava armado com uma pistola 9 mm, um revólver calibre .357, e duas réplicas de armas. Os suspeitos utilizaram três carros para interceptar o ônibus, que transportava passageiros com mercadorias contrabandeadas do Paraguai e de São Paulo, incluindo suplementos alimentares e anabolizantes proibidos no Brasil.

A Polícia Civil informou que 15 pessoas estavam no ônibus, sendo 12 passageiros e três motoristas. Apesar do susto, ninguém ficou ferido. Segundo o delegado, os assaltantes deram ordem de parada ao ônibus como se fossem uma viatura policial. “Armados, eles desceram todos os passageiros e os motoristas, abriram o porta-malas do ônibus e roubaram as mercadorias”, relatou Sérgio Henrique.

Durante a operação de prisão, a polícia apreendeu cocaína, equipamentos para embalar drogas, os carros utilizados no assalto, camisetas falsificadas da Polícia Civil, armas, munições e os itens roubados. Um dos detidos, que trabalhava como motorista, fornecia informações ao grupo criminoso sobre as características do ônibus, as mercadorias transportadas e o número de passageiros.

Além das acusações de roubo com arma de fogo e associação criminosa, os suspeitos enfrentarão acusações de tráfico de drogas e associação para o tráfico. “Eles podem pegar até 50 anos de prisão”, afirmou o delegado.

Os passageiros do ônibus também serão investigados pelos crimes de contrabando e falsificação de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais, devido à posse de mercadorias sem autorização da Anvisa.